Namoros imaginários.
Olhos pelos seus óculos esperando entender seu mundo. As cores que você vê pela forma que tudo lhe aparece. Desejo ser seus olhos para assim conceber suas ações num ser lógico. Ou ilógico. Quem sabe. Somente são óculos e sou completamente separado deles. A cor dos seus óculos escuros me retira do seu mundo. Sou expulso do quarto que nos une, mas eu só queria ficar por mais alguns segundos. Soube que você iria embora: quando, quando e quando. Percebo então que você não foi. Continua no meu peito. Retirando seu corpo, resta apenas à metafísica. A metafísica morre, pois ela se funda no corpo. Separação é pura metafísica e ela morre, mas eu sei que ainda te amo. Percebo a efemeridade do tempo que passamos juntos, por isso decoro seus olhos e contorno. A partir deles, te reconstruo. Vivemos de reconstruções que guardamos na memória. No fundo, estamos construindo um lago de memórias; um lugar que faz parte do que somos. Um lugar para mergulhar quando entrarmos em pane. Quan...