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Mostrando postagens de junho, 2012

Silêncio.

Dois momentos se juntam na minha memória, mas eles na verdade não são simétricos: eu acordo na cama do hospital e estou no banco daquela praça. Os dois parecem igualmente irreais; um sonho ruim do qual você ainda não acordou. Na cama do hospital, tudo pode ser explicado: delírio de febre, comum depois de contorções violentas do corpo. Bem fácil de ser explicado. No entanto, as alucinações tomam formas que eu não esperava.              Ela tem longos cabelos pretos, pele extremamente branca e se encontra num belo vestido. Eu a beijei uma vez na vida, mas ela me aparece como se eu a tivesse visto minha vida toda: -Oi. Então é isso. Você nessa cama. - Ela disse. -Basicamente. -Se recuperando? -Um pouco. Não sei se do trauma emocional ou da doença. Possivelmente, os dois. -Você não vai nem perguntar por que to aqui? -Por favor, você é o fantasma do futuro? -Não. Sou eu mesma. Porque diabos você me imaginou de todas as pessoas que você conhece, se eu só te