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Mostrando postagens de julho, 2012

Nostalgia.

-Cadê monstros pra gente caçar?                  Horas procurando monstros em armários, violões e em todo cômodo do apartamento. Buscando incessantemente por bonecos, sons ou qualquer coisa que mantivesse a imaginação da criança. -Cadê os monstros pra gente caçar? -Eles acabaram. -Cadê os monstros pra gente caçar? Acende a luz.              Andava em largos quartos a procura do interruptor. Sempre acompanhando de parentes com a disposição de procurar por tais monstros. O escuro assusta. Anda devagar. Cuidado com as lâmpadas apagando e acendendo.              Bem. É estranho começar uma carta desse jeito. Mas não sei por que, isso me lembrou da forma como me sinto. Pensamos muito bem em tudo, de forma simples e lógica: 1.Nada era sério. Suas palavras. Não as minhas. Afinal meses e meses trazem tempo, e o tempo é um negócio muito sério. 2.Não pensa no futuro. Você está brincando, certo? Imaginei até uma criança correndo na casa. Um apartamento grande.

Peixes estranhos.

Ele senta do outro lado da mesa da direção mais uma vez: -Eu finjo que escuto o que você diz. E você finge que se importa. -Mas eu me importo. -Na verdade, no horário das três você está fazendo sexo com a sua secretaria, logo eu estou atrapalhando isso. -Como você sabe? -Realmente importa? Você me manda fora dessa sala agora, e se diverte com seu horário marcado com a bela mulher na mesa de recepção. O que acha?              Ele colocou o fone de ouvido. A música tinha algo mais ou menos a ver com a história que se passava na sua mente: peixes estranhos passavam do seu lado, enquanto uma água fria tomava conta do seu a redor, ele estava no mar. Enquanto escutava o barulho das pessoas que iam embora, escutando o som do mar que o consumia; ele lutava para ir até o fundo. Até que ele escutou um barulho: -Oi.- Uma menina com olhos negros, mas como cabelo azul começou a falar. -Oi. -Você lembra-se de mim? -Sim, a pessoa que me fez tirar os fones de