Nostalgia.
-Cadê monstros pra gente caçar? Horas procurando monstros em armários, violões e em todo cômodo do apartamento. Buscando incessantemente por bonecos, sons ou qualquer coisa que mantivesse a imaginação da criança. -Cadê os monstros pra gente caçar? -Eles acabaram. -Cadê os monstros pra gente caçar? Acende a luz. Andava em largos quartos a procura do interruptor. Sempre acompanhando de parentes com a disposição de procurar por tais monstros. O escuro assusta. Anda devagar. Cuidado com as lâmpadas apagando e acendendo. Bem. É estranho começar uma carta desse jeito. Mas não sei por que, isso me lembrou da forma como me sinto. Pensamos muito bem em tudo, de forma simples e lógica: 1.Nada era sério. Suas palavras. Não as minhas. Afinal meses e meses trazem tempo, e o tempo é um negócio muito sério. 2.Não pensa no futuro. Você está brincando, certo? Imaginei até uma criança correndo na casa. Um apartamento grande.