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Mostrando postagens de julho, 2013

Memória.

             O problema é que não sabemos se poderíamos voltar. Sentados juntos fazemos promessas impossíveis de serem cumpridas. Foi isso que ela repetiu quando pegou minha mão. Sorrisos secos deveriam ser vendidos na barraca da minha escola. Inconsequente com as vascularidades daquilo que me propunha a fazer; vinha escrevendo tal história desde a primeira vez que comecei a andar. Diga-me sobre seus últimos meses. Por favor, não omita nenhum detalhe. Minha cara, os minúsculos remanescentes hão de estar em todo e qualquer lugar.              Ele bate com força na porta do apartamento. A madeira ressoa com um barulho ensurdecedor. Horas batendo na mesma porta, esperando a mesma resposta. Finalmente, um homem abre a porta com seus braços sangrando. Um grito de susto. O dedo indicador estendido sobre a boca para indicar o silêncio. A figura mítica do escritor desesperado. Respira fundo sobre aquilo que poderia ser sua vida. -Você terminou? -Terminei. -Porque você está s