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Mostrando postagens de agosto, 2009

Napoleão.

Eu normalmente escrevo em narrativa, nunca de maneira pessoal como um diário, porque assim posso colocar o que eu penso de maneira bonita, quase distante. Hoje é seu aniversário, mano, então abrirei uma exceção. Primeiro queria dizer que o que ta dita aqui é aleatória. Eu lembro que a gente briga desde pequeno, mas nos gostando muito. Eu penso que nós estamos melhor, você diz que eu sou quase normal, eu digo que você é quase estranho. Você me ensinou a pensar menos. Lembra daquele dia que aprendi a andar de bicicleta aos 15 anos? Você me empurrou de uma ladeira, e disse “Aprende ou cai”, e eu aprendi. Eu sinto que te passei algumas coisas que você nem percebe, até sua mania por músicas antigas ou usar o violão para deixar a cabeça melhor, ou vai ver é genético. Eu gosto muito das brincadeiras, ou como eu desarrumo seu quarto, e deixo seus bonequinhos organizados como um exército em briga. Um bob esponja lutando contra Shrek dentro de um carro simplesmente faz sentido. E você se esconde

Hole in my soul.

O menino levantava de novo para ir ao ensino médio, cada dia era mais difícil acordar. Ele usava óculos do seu avô com uma grande armação preta, tinha um topete com seu cabelo preto, e era extremamente baixo. Ele usava uma camiseta de flanela com uma jaqueta por cima, que sinceramente saiu de moda há algumas dezenas de anos. Ele chegava à escola, onde não tinha quase nenhum amigo. O pior de tudo é que os professores gostavam de usar ele como exemplo e o chamar para responder perguntas no quadro, o que sempre resultava numa chuva de bolas de papel na direção de Pedro. A vida do ensino médio não era fácil como nos programas que passavam na TV, onde todos se aceitavam e as coisas simplesmente acabavam bem no final do dia. Pedro tinha acabado de sair da aula de química, onde de novo uma chuva de papel o acertou em cheio porque ele soube responder uma pergunta no quadro. Ele escorregou alegremente pelo corrimão como era de costume, afinal todos precisam de um pouco de diversão. No momento e

Sonho.

O menino estava extremamente nervoso, o engraçado é que até seu passo era nervoso. Ele andava pulando as linhas como se elas fossem o perigo a ser evitado. Ele conseguia facilmente, ele chegou a pé com facilidade a uma grande casa branca com janelas azuis. Antes de entrar, ele começou a rodopiar de maneira ridícula. Ele sempre fazia isso quando queria solucionar algo, ele jurava que ficar tonto solucionava cada problema. Ele usou o interfone, e sua voz parecia fraca, quase feminina. A menina chegou à frente da porta. O barulho do churrasco da casa vinha com força, era uma mistura de violões e cavaquinhos. A menina andou pelo corredor cheio de rosas de maneira leve, despreocupada. O menino chegaria ao desespero se ela não tivesse aberto a porta e lhe dado um belo abraço. Ela tinha longos cabelos negros, grandes olhos, e batia mais ou menos no peito do garoto, seu nome era Corrine. O garoto se chamava Gregório, tinha olhos e cabelos castanhos. Gregório era o cara desajeitado que você obs
“He doesn’t love you, Corinne.” “What?” Corinne said. She had heard Waner perfectly. “He doesn’t love you,” Waner courageously repeated. “He isn’t even considering loving you.” “Shut up.” Corinne said. “All right.” There was a long pause. But Waner’s voice came in again. It sounded quite far off. “Corinne, I remember a long time ago kissing you in a cab. When you first got back from Europe. It was sort of an unfair, Scotch-and-soda kiss—maybe you remember. I bumped your hat.” Waner cleared his throat again. But he put the whole thing through: “There was something about the way you raised your arms to straighten your hat, and the way your face looked in the mirror over the driver’s photograph. I don’t know. The way you looked and all. You’re the greatest hat-straightener that ever lived.” Corinne broke in coldly. “What’s the point?” Nevertheless, Waner had touched her, probably deeply. “None, I guess.” Then: “Yes, there is a point. Of course there’s a point. I’m trying to tell you that

Mais uma vez.

A mulher havia acordado do lado do marido. Era muito cedo, e o marido só tinha que acordar horas depois. Ela se arrumou rapidamente enquanto olhava a face do marido, e principalmente seus olhos negros. A mulher vestiu a roupa branca rapidamente, ela estava linda. Tinha média estatura, grandes olhos azuis, e um cabelo encaracolado que misturava um tom loiro e moreno. Ela tinha uma bela face, mas havia algo de engraçado no rosto, uma imperfeição que a fazia ainda mais interessante. Seu rosto parece de uma mulher que poderia ser uma modelo, mas nunca foi e nem nunca seria. O hospital era de um tom branco, uma característica que se pensarmos faz muito sentido, um lugar sombrio precisa de um tom branco para que se sobreviva um pouco de esperança. Ela andou rapidamente, porque não se atrasava um dia para o trabalho. O dia era quinta-feira, a primeira do mês e o dia tinha acordado particularmente escuro. Juno andava pelos corredores, e viu a longa fila de pacientes a esperando. Todas eram cri