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Mostrando postagens de março, 2013

O duplo.

O menino sorria enfaticamente para qualquer um do bar olhar. Era um sorriso total, e irreconhecível num rosto que somente sabia sofrer. Irascível era seu querer. O gosto na boca de alguém que ele realmente gostava. Seus sonhos realizados em poucos momentos. Seu espelho de felicidade frente a um amigo. Os mil sorrisos retidos no segredo. Era sua falha ficar tão alegre. Enquanto sorria, percebeu que tocava sua banda favorita. O silêncio dos acordes iniciais assustava tamanha felicidade: uma música tão incomum num bar de esportes.  Tudo parecia ficar disparatado, quebrado e espelhado. Sua realidade parece se fundir em universos alternativos. Seu amigo começou lentamente a desaparecer.              Um homem sentou, lentamente, do seu lado. Seu terno era preto. Tinha uma longa barba e era careca. Seu sotaque parecia ser do leste europeu. Seus modos eram grosseiros, e sua voz era grossa e melódica: -Você nunca mais ver ela. -Isso não é possível. -Eu estou te avisando, porqu