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Mostrando postagens de junho, 2009

Nihilo

Ele havia acabado de acordar. Tinha perdido o trabalho, namorada e a casa. Ele tinha ganhado no bingo praticamente. Perdeu o trabalho porque desviava dinheiro no escritório. Dinheiro usado em amantes o que nos leva a como ele perdeu a namorada, lembrete aos leitores sempre tranquem bem as portas. A casa foi perdida por um simples motivo: não queria mais dormir com a dona do apartamento. Então chegamos à conclusão de um verdadeiro Zé, alguém que parou de se importar a muito tempo atrás. Ele conseguiu um trabalho no zoológico. Cuidar para que animais não saíssem de jaulas eletrificadas parecia fácil. Seu nome era Nihilo. Nihilo era alto, moreno e forte. Tinha o cabelo raspado e barba para ser feita. Uma bela ruiva com um belo vestido branco com quadrados verdes esperava perto da jaula de leões. Um homem moreno falava longamente com ela. Nihilo como sempre tinha segundas, terceiras e até quartas intenções. Enquanto a filha da mulher cedeu e caiu dentro da jaula e gritava freneticamente: -

Solidão

Aureliano antes de nascer chorava na barriga sem parar. Sua mãe tinha casado com o primo e sempre teve medo que o menino nascesse com um rabo de porco, mas isso nunca aconteceu. Dor maior seria colocada naquele menino. Antes de nascer ele chorou por um dia inteiro, um choro longo por algo realmente destruidor. Aquele menino não conseguiria amar e passaria o resto dos seus dias na solidão. Ele nasceu um mês depois desse primeiro choro, com seus olhos altivos observando tudo ele disse sua primeira palavra: Ilha. Os pais não conseguiram entender como aquela criança ao nascer observasse tudo com olhos de gente grande e, além disso, tivesse dito sua primeira palavra. A mãe tinha percebido que aquilo era um sinal que ele tinha tido pior destino do que o simples rabo de porco. Ele não conseguia amar. Uma minoria das pessoas percebe o quanto isso é aterrador. Ele não conseguia encontrar caminho no mundo que tampasse aquele vácuo, por isso quando ainda na barriga da mãe ele tinha chorado tanto.

Um homem está à beira do precipício

Um homem está à beira do precipício. Ele passou tanto tempo olhando para ele, que o precipício começou a olhar para ele. Ele se sentia como o pior ser humano já criado, ele sabia que tudo era construção até o bem e o mal, mas ele nunca achou isso. Não de verdade. O bem e o mal eram cinza, mas ainda tinham cor. Um trovão caiu bem perto, e ele estava prestes a andar até o final do precipício. Ele queria parar de sentir a culpa, ele queria parar de ser o culpado. De repente dois ratos brancos, um pequeno cabeçudo e um grande bem magro surgiram. Eles começaram a falar com o homem: -Você, pare de se culpar. Disse o rato grande. - Eu ainda acho que ele estava errado. Ele queria tanto saber o que é amor, mas descobriu que dói e nem sempre é certo. Disse o rato pequeno com cabeça enorme. - Eu acho que vocês não existem, é famoso na psicologia expressar a raiva criando personagens. O rato pequeno começou a rir e se sentou no ombro direito do homem. O rato grande deu uma tapa na cara do homem e