Azul.
Ela começa a olhar da mesa de bar o que está acontecendo: um homem insistentemente beija uma bela menina enquanto tenta convencê-la de deixá-lo subir em seu apartamento. A menina sorri muito como se tivesse acabado de conquistar seu mais simples sonho. Ela começa a pensar que nunca sentiu tal sentimento: seu mundo inteiro ganhando contornos novos por outra pessoa. Parecia excessivo. Parecia loucura. O homem insistentemente beijava a menina e pedia para subir na sua casa. A menina beijava mais, sorria, porém não cedia sobre seu apartamento. Não era um problema de moralidade sobre o deixar ele subir; era algo mais. Ela queria prolongar aquela extensão de felicidade inocente pelo maior tempo possível; deixar o mundo desaparecer por aquele singelo momento. A negação era, na verdade, um sim a todo um mundo metafórico de figuras românticas e clichês. A menina sentada no bar se perguntava, profundamente, porque ela nunca teve a capacidade do mesmo. O copo de cerveja secava cada vez mais ...