Gatos.
É uma ruela escuta, numa cidade cheia de pessoas sem rostos. O garoto de 15 anos entrou com uma roupa gasta. A chuva caia cada vez mais forte, na medida em que ele adentrava o pátio a céu aberto. Ele chorava, ou era pelo menos isso que todos os amigos esperavam que ele estivesse fazendo. Ele tinha saído correndo desesperado. O dia era ensolarado, até o momento que ela começou a dizer aquelas palavras. Num silencio quase sem fundo, ele parou de escutar. Era como se um véu escuro adentrasse o bar lotado de pessoas e criasse um vácuo. Tudo que ele sentia eram partículas no ar tomando cores sombrias e adentrando seu ao redor. Ele não conseguia respirar. Era como estar preso num plano alheio ao mundo, mas ao mesmo tempo pertencente a ele. Quase sem ar, ele acordou. Tudo tinha mudado. Ele precisava ir embora, até a pequena ruela onde os gatos esperavam. Havia um chamado no ar, e enquanto ele chorava a própria chuva começou. De alguma forma estranha, ele tinha criado aquela chuva. Toda gota ...