Anos de platonismo.


Anos de platonismo quase destruíram o homem. Sua aula tinha acabado a vários minutos. Deu a deus a duas amigas, e leu pacientemente os títulos dos livros na estante. O silêncio era inacreditável, os títulos se misturavam na sua cabeça. Ele ansiava, como todo herói de filme, falar com ela. Ele andou de um lado para o outro: uma vez, duas vezes, três vezes. Ele resolveu comprar um lanche na marcha mais devagar possível. O relógio passava devagar como se tivesse uma vingança pessoal com o homem. Dias atrás, ele tinha ido rápido ao mesmo intuito que ele não a visse. Os ponteiros pareciam girar no estilo de uma hélice de helicóptero. Talvez não fosse o tempo, mas ele que se enganava de não tentar nada e culpar o pobre e inocente tempo.

Ele decidiu ir embora, um homem crescido não deveria agir daquele modo. Um homem crescido não deveria acreditar em contos de carochinha, em contos de cavaleiros matando dragões, ou de dragões salvando cavaleiros. Enquanto caminhava para fora do prédio, ela apareceu fora da sala. Ela o olhou como um desconhecido, nada disse, e foi embora. Ele parou, pensou: estranhamente, por hoje, isso me basta. Alongou as mangas do seu casaco, e foi embora. Seu dia foi normal, teria que apresentar algo no almoço. Olhou para o lado, e a vi, e de repente, havia luz por um momento.

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