Ernesto levanta cedo, e percebe, curiosamente, os pássaros voando ao seu redor. Começa a se sentir tonto, faz anos que ele percebe que viver de cigarro, café e cerveja não vão mantê-lo vivo por muito tempo, mas ele tem feito a pergunta, importante, se ele, realmente, quer se manter vivo. Duas possíveis respostas: 1) Sim 2) Não Ele não consegue pensar no não. Ele era católico, afinal de contas. Ainda rezava para um Deus que não acreditava. Por isso a pergunta tinha que ser sim, mas não gostava daquela afirmativa-seca, redonda e certa- de um sim, sem nenhuma reflexão. Levantou-se, em plena segunda, com um calor assolando seu corpo. Foi-se espalhando pelas suas extremidades, a roupa social colada no corpo, enquanto sentava numa praça. Percebia que era um ataque de pânico. Queria gritar, mas sua garganta estava seca, poderia ter pedido ajuda, mas não conseguia se expressar, ou mesmo, não queria se expressar. Erne...
Comentários
Postar um comentário